sexta-feira, 30 de abril de 2010

Droga do século XXI

                            

Criada em plena Guerra Fria, a internet foi a pesquisa militar, ouso dizer, mais bem sucedida a curto, médio e longo prazo desde sua criação até os dias de hoje. Ela surgiu no momento em que o antagonismo no mundo era pautado pela bipolaridade e pela forte necessidade  de se estar sempre um passo à frente do oponente socialista/capitalista.
Nesse sentido então, foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização das mesmas. Assim, se o Pentágono fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas.
O ataque inimigo nunca aconteceu, mas o que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos não sabia era que dava início ao maior fenômeno midiático do século XX, único meio de comunicação que em apenas 4 anos conseguiria atingir cerca de 50 milhões de pessoas.
Em 29 de Outubro de 1969 ocorreu a transmissão do que pode ser considerado o primeiro e-mail da história; o texto desse primeiro e-mail seria "LOGIN", mas o computador no Stanford Research Institute, que recebia a mensagem, parou de funcionar após receber a letra "O".
Por fim, vale destacar que já em 1992, o então senador Al Gore, já falava na Superhighway of Information. Essa "super-estrada da informação" tinha como unidade básica de funcionamento a troca, compartilhamento e fluxo contínuo de informações pelos quatro cantos do mundo através de uma rede mundial, a Internet.
O que se pode notar é que o interesse mundial aliado ao interesse comercial, que evidentemente observava o potencial financeiro e rentável daquela "novidade", proporcionou o boom e a popularização da Internet na década de 1990. Até 2003, cerca de mais de 600 milhões de pessoas estavam conectadas à rede. Segundo a Internet World Estatistics, em junho de 2007 este número era de aproximadamente 1 bilhão e 234 milhões de usuários. 
E não por menos, a internet vem afetando os usuários de sua rede com sintomas que já são considerados vícios, e que já possuem sintomas reconhecidos e clínicas de tratamento.
Toda essa cobrança pela necessidade de aderir ao uso do computador, principalmente na esfera profissional, acaba por gerar certa angústia, o que também acaba por envolver não apenas os adolescentes nesse tipo de comportamento.
Segundo um estudo da Universidade de Maryland (EUA), estudantes privados de redes sociais e equipamentos eletrônicos durante um dia desenvolveram síndrome de abstinência similar à de dependentes de drogas.
O experimento “24 hours: Unplugged” pediu a 200 estudantes de 18 a 21 anos que deixassem de utilizar qualquer equipamento conectado a mídias eletrônicas e redes sociais como celular, TVs, iPods, Blackberries ou laptops.
Os resultados*, segundo o estudo, foram semelhantes aos observados em usuários com dependência química. Para descrever como se sentiam, os universitários utilizaram os termos “desejo incontrolável, muita ansiedade, apreensão extrema, tristeza profunda, tensão e loucura”.
Uma outra pesquisa realizada por pesquisadores da University of Notre Dame, em parceria com especialistas da Sun Yat-Sen University, em Guangdong na China, indicou que os adolescentes viciados em internet têm mais chances de se auto-flagelar com beliscões, queimaduras, de se baterem ou puxarem seus próprios cabelos. Segundo a agência de notícias Reuters, o estudo foi realizado com 1.618 adolescentes, com idades entre 13 e 18 anos.
O estudo com voluntários chineses identificou que 10% dos jovens podem ser considerados “moderadamente viciados” em internet, enquanto 1% é “severamente viciado”.
Segundo os estudos realizados sobre o tema, como as drogas químicas, a compulsão no uso da Internet também está relacionado à sensação de prazer físico que ela produz. A cada download de uma foto sexualmente orientada, na interatividade em um chat, no momento de abrir um e-mail esperado, no jogo virtual, são produzidas no cérebro descargas elétricas entre os neurônios, induzidas por um neurotransmissor chamado dopamina.                                         A dopamina é liberada normalmente pelo cérebro quando uma pessoa faz sexo, come ou bebe. Quanto mais dopamina, maior a sensação de prazer. A dependência a Internet mantém esse mesmo padrão fisiológico, criando uma dependência naqueles pequenos momentos de prazer. O problema é que a Internet propicia uma rapidez muito grande nas atividades interativas, aumentando as chances de dependência. Devemos levar em conta também, que existem além dos motivos fisiológicos, razões de ordem motivacional, que podem agravar o quadro de dependência.

 *Os meios mais utilizados pelos estudantes norte-americano para se comunicar são, segundo a pesquisa, SMS e Facebook. Em segundo lugar, distante, vêm as ligações telefônicas e os e-mails. "Renunciar à tecnologia equivale a renunciar à vida social para esses estudantes”, diz a professora. “Os estudantes reclamaram que era muito chato ir para qualquer lugar ou fazer qualquer coisa sem ouvir os MP3”.

2 comentários:

  1. Oi, vlw por comentar no meu Blog. Estou seguindo vc, seu blog ta show, se puder, segue o meu la tb e de umas risadas de vez em quando hehe

    www.lucianochaxa.blogspot.com

    Bjão!!

    ResponderExcluir
  2. Minny, te indiquei pra ganhar selinhos de blog! Passa lá no pois é pra pegar


    www.poiseah.blogspot.com

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails