domingo, 10 de janeiro de 2010

lá vem o BIG brother

Todos de olho?
Todos preparados?
Big Brother Brasil 10! (DEZ!!!)

Palavras do próprio Boninho, diretor do reality show, ao site Babado não nos cega ao afirmar que o *programa é mais que entretenimento, é um *produto, que além de muito bem pensado é o maior faturamento da Rede Globo atualmente.
Não me é estranho, inclusive, que ele fale que os motivos para que o Big Brother seja sucesso durante todos esses anos seja a diferença da rede de telecomunicações brasileira em comparação com o resto do mundo: aqui o telejornalismo e as novelas têm o monopólio e a atenção dos telespectadores.
 Nesse meio, é difícil que outros realities consigam tanto sucesso quanto nosso aclamado BBB que não apenas trabalha duro (não tão duro assim) para ter nossa atenção, como também infunde na cabeça do cidadão a má ideia de felicidade-infelicidade instantânea.



Não nego. Assisto mesmo. Mas ainda não entendi, em nove edições e quase oito anos de duração, QUEM ou QUE COISA é o tal do big brother. O grande irmão, a grande irmã do quê, gente? Se eles só fazem barraco, dançar, comer e macomunar contra a vida e a dignidade do próximo?! É muito par de peito e pouco cérebro entre as orelhas... só para falar do sexo feminino.
O sucesso, entretanto, eu transponho pra telinha do lado de cá. Somos nós, telespectadores e agentes passivos, que colocamos em primeiro lugar a avassaladora vontade de futricar a vida do alheio; somos nós que procuramos um sentimento para poder preencher a intensa vontade de entender que alguém, em algum lugar, tem uma vida com mais barracos que a nossa
Poderia escrever um tratado sociológico a respeito da televisão, do público, das relações pessoais, da influência no cotidiano das pessoas e nas conversas, ou quem sabe, o número de celebridades instantâneas que o big brother produz. Alguns não duram nem os tão famosos 15 minutos, pois não aguentam a esmagadora realidade que a televisão causa, sempre necessitando de boas e novas ideias. E, nesse caso, não seria exatamente o encontrado nessas pessoas tão bem selecionadas.
Na opinião diversa dos telespectadores, é consenso que "todo mundo diz que é besteira, mas todo mundo assiste" e assiste-se "porque dá para ver as pessoas de diversos ângulos, jeitos".A visão de minha mãe já demonstra que "é impossível ficar alheio à essa "merda". E mesmo achando que não irei assistir à 10ª edição, o Big Brother nos dá senso crítico para poder discutir as questões que aparecem ou que estão relacionadas a ele, porque pode, inclusive, estar presente na minha sala de aula.
Cada um de nós pode esconder e deixar as verdadeiras intenções de lado, mas no mundo animal em que vivemos, quem não aparece, morre. Quem não reage, é comido pelos mais fortes. O objetivo, no fim, é ser visto.
Visto para acasalar, visto para que se escute sua voz acima dos gritos dos outros animaizinhos da selva. O BBB faz muito bem esse papel, é uma janela bem requisitada para aqueles que querem sobresair-se. Basta-nos, por fim, distinguir que reality show não é real life, e nos atentarmos ao fato que o senso crítico, diferente do comum, nos proporciona o prazer de poder ver as mesmas bobagens, mas colocar-nos um nível acima dos peitos: na cabeça, aonde é o lugar dos pensamentos úteis.

Só quero ver qual escritor-filósofo-cantor-poeta o Bial vai fazer se desinterrar dessa vez.

*Produto - resultado de produção, coisa produzida; resultado, fruto; rendimento, lucro, proveito; consequência, efeito.
*Programa- plano de execução, projeto; cronograma.

 E lá vem o BBB 10!

Um comentário:

  1. Antes de qualquer coisa: gostei do post (bastante crítico), mas tenho algumas objeçoes (sempre tenho :D ). Não é segredo nenhum que eu detesto esse programa... mas como dona Maria dos Remedios disse é impossível ficar alheio à essa merda... nem que seja pra falar mal. Os espectadores, ao contrario do que foi dito, não são o polo passivo, mas sim o polo ativo. A culpa do Big Brother é de quem o assiste, uma vez que se não tivesse feito tanto sucesso não estaria na sua décima edição. Não consigo entender (fora os casos de estudos sociologicos, curiosidade jrnalistica etc) como alguém assiste isso, como alguem deixa a sua vida de lado pra acompanhar a "vida" de utras pessoas...currículo social?... talvez eu nao deva entender, mas sim aceitar... quem sabe?

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